sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Um campo de cervejas e pebolins. Tuas birras com meus livros, me deixa, me deixa quieta. A ressaca dos meus olhos que te puxam pra dentro e te choram de novo. Tua, sempre tua, menina de tiara e sapatilhas, os cabelos despenteados. Não se preocupe com o cigarro, vou diminuir. Não se preocupe com os palavrões, serão delicados. Ninguém saberá do meu medo, nem eu. Serei linda e bem vestida durante a semana; sorrirei. E ao final dela, no escuro da coxia, talvez na sexta ou no sábado, sem que ninguém veja, pensarei em você de um modo muito corajoso. Aí sim, vou chorar, porque em cena parece que não há nada. Não há mundo, não há dor, não há nada senão nós dois andando pela Liberdade e rindo dos carros na Vinte e Três de Maio.

Amo-te. Lembra disso? Amo-te.

Fernanda D'Umbra em parceria com as minhas modificações sempre necessárias.