sábado, 31 de outubro de 2009

A vida é etecétera.

(Guimarães Rosa)




Já escrevi isso aqui?

domingo, 25 de outubro de 2009

Talvez esses dois últimos fins de semana tenham sido os mais divertidos do ano. Não é todo dia que Maranhão, Minas, São Paulo, Interior e "Alto Tietê" se transformam em um lugar só.

Encontrar pessoas tão diferentes de você e ao mesmo tempo tão bacanas na internet, é difícil pra caralho. Transformar essas pessoas em um grupo de amigos que se encontram pra beber cerveja e bater papo, apesar da distância, da falta de tempo, das caríssimas passagens aéreas e das armadilhas que a falta do olho no olho causa, é algo a ser tratado com o maior carinho do mundo.

É ainda mais gostoso a liberdade de envolver pessoas de fora desse mundo paralelo, que é a internet, no mesmo barco e perceber que ambos os lados se sentem em casa. Sei lá, uma coisa de "gostosinho na alma", por estar cercada de pessoas que ainda são capazes de se reconhecer em pequenos gestos de humanidade.

Eu tenho o maior orgulho de ver que as risadas são verdadeiras, os abraços são recíprocos, os papos são naturais e os defeitos são tratados com leveza e piadinhas internas.

Como disse a Paty, no fim de semana, é mega estranho, é tão difícil a gente conseguir juntar todo mundo, mas toda vez que a gente se encontra é como se fossemos vizinhos da vida toda.

Pois é, o meu mundo por meus amigos.



Aos amigos que fazem meu fim de semana ser tão esperado e invejado por aqueles que ainda não aprenderam a amar apesar das diferenças e dos defeitos de todos nós..

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Eu sempre me apaixonei muito fácil. Uma palavra, um gesto, uma atenção e pronto, mais um pra ser paixão eterna até amanhã. Talvez por carência excessiva, talvez por medo do marasmo, sei lá. Eu trocava de paixão como eu trocava de calcinha, ouvi isso uma vez um amigo querido, e ele tava certo.

Mas a verdade é que paixão nunca foi suficiente pra que eu sentisse vontade de assumir um relacionamento. Eu sempre tive pra mim que seria preciso carinho, admiração, companheirismo, tesão e principalmente, amizade, para que eu pudesse construir um caminho ao lado de alguém.
Aquela coisa de ouvir sininhos, ver o mundo girar, sentir borboletas, nunca combinou comigo. Quer dizer, eu até tentava, mas não durava o tempo de colocar o pé no chão.

Aí, num domingo qualquer de um mês qualquer, num bar qualquer, eu conheci o Airton. E de cara, surgiu uma amizade gostosa, desde o primeiro dia eu não consegui fazer tipo, nem jogo de sedução, nem o plano frustrante de não pagar mico eu consegui levar pra frente. E a gente se conheceu como se já se conhecesse desde sempre. Não teve um instante mágico, teve uma construção de momentos que eu só imaginaria ao lado de um grande amigo e cúmplice, com um pequeno detalhe, poderia ser um grande amigo, mas era naquele peito que eu sentia vontade de acordar todos os dias.

E só pra completar, talvez o detalhe que tenha me feito pensar "É ele!" foi ter tido a estranha certeza que meu filho nasceria com a mania de franzir a testa diante de algo inesperadamente bom, quando ele franziu a testa pra mim pela primeira vez...


Só pra dizer parabéns, eu te amo, e obrigada, meu amor. Por me dar sorte na vida.

domingo, 18 de outubro de 2009

Já disse que acho super difícil ser tolerante?
E deixar passar batido as coisas que me magoam?
E fingir que tá tudo bem quando não tá tudo bem?


Ainda bem que existe no mundo a lei da compensação, e eu nunca poderia tomar atitudes drásticas quando o resto do mundo tenta me alertar que o que há de melhor em mim é a leveza dele.


"Meu comedor de bolinhos Ana Maria de baunilha predileto,
Meu tomador de toddynho gelado com canudo predileto
Meu mordedor de bordinha de pizza humana predileto,
Meu cantador de Californication por pressão predileto,

A minha melhor parte, dizem."


Meu amor,

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ganhei uma caixa com um livro de Casimiro de Abreu e um arranjo de gérbera ao lado.



Coisa mais cuidadosa e doce do mundo.
Ganhei uma caixa com um livro de Casimiro de Abreu e um arranjo de girassol ao lado.

Coisa mais cuidadosa e doce do mundo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Nunca consegui enumerar todas as coisas que eu gostava e as que você me fazia sentir. Primeiro, porque eram muitas. Segundo, porque algumas não tinham nome. Éramos extremamente felizes porque acreditávamos no amor, porque de início não víamos nada de empecilho, não víamos distancias, sejam de idades ou sejam de cidades, nós apenas vivíamos aquele presente que a vida parecia nos dar. E quando começaram surgir os planos, os sonhos, e fomos dando nomes para eles, a dar local e datas, e eu, então, parecendo um foguete a voar pelo céu de felicidade, vi você se afastando, medroso, inseguro. Mas que direito tinha eu de te fazer estar comigo todos os dias de amanhã? Que direito tinha eu de amarrar tuas mãos com a minhas?
Não precisava ter medo, você não tinha que arranjar uma forma de fazer tudo acontecer, tua única obrigação era me fazer sonhar.

(Cáh Morandi)

Taí. Genial! (By Patrícia Maria)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ontem eu fui numa ex igreja evangélica que virou churrascaria, e que quando ainda não era ex eu vivia passando em frente e fazendo piadinhas do lugar, humor negro religioso e tal, quem me conhece pode imaginar.
Pois bem, tudo corria bem, até o fatídico momento em que o vinho, do nada, salta da minha taça sozinho e mancha de cor-sangue-de-jesus, toda a mesa, incluindo meu namorado e eu. Comecei a desconfiar de forças ocultas, já que a taça permaneceu imovél entre os meus dedos, mas dada a minha falta de fé, ignorei o fato. Pois bem (2), eis que começo a sentir um mal estar súbito, e um peso nos meus ombros sem explicação. Imediatamente me veio a cabeça todos os filmes sobre espíritos que minha mente conseguiu alcançar. Engoli o espeto sem mastigar, bebi o vinho num gole só e saí rapidamente daquela ex-igreja-atual-churrascaria, torcendo pra que aquela frase sobre bruxas peron ecxiste e tal fosse mentira e amando o meu querido padre Quevedo.
Pois bem (3), foi só eu entrar no carro que o peso nos ombros desapareceu e o mal estar passou, já estava quase esquecendo que eu quase acreditei naquilo que eu sempre juro que vou morrer sem acreditar, quando o meu namorado me solta que no dia das crianças os médiuns só recebem espiritos de crianças. Ou seja, cheguei a conclusão de que caso, veja bem, é uma suposição, os espiritos realmente existam, eles são inteligentes o suficiente pra comemorar datas, logo, eles podem ser inteligentes o suficiente pra se vingar de quem sempre tirou sarro da casa deles quando era "templo sagrado" e resolve entrar com o maior respeito do mundo, pra se deliciar dos prazeres etílicos e carnívoros humanos.

Por via das dúvidas, tô pensando seriamente na hipótese de virar vegetariana e passar a vida me contentando com vinho branco.
Eu odeio surpresas, e não sei fazer supresas. Quero tudo pra agora e tal, bem claro e explicado.

Nesse instante, tenho uma surpresa quentinha aqui comigo, pronta pra cair no mundo antes da hora e virar ex surpresa.

Vou tentar me segurar, só por hoje.

Deos proteja, amém.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Eu tô triste, tristinha, mas sem graça que a top model magrela na passarela (parafraseando o zeca das balas, não fosse o tempo do verbo), mas é a fase, eu sei. Nada que um dia legal aqui, uma conversa ali, um carinho acolá, não resolva.

Na real, eu tô acostumada a viver no olho do furacão, só que a moda primavera verão 2009 é a porra da tempestade cair bem em cima do meu lado profissional.

Surpresa! A vida não é nada fácil pra quem nunca ganhou na mega sena.

Mas eu tenho um namorado que me dá colo, tenho uma família que me dá apoio e tenho amigos que seguram a minha barra. E é disso que eu preciso pra ter certeza de que fome eu não passo, embaixo da ponte eu não moro e que viver para o trabalho é coisa de gente que nunca teve amor, de nenhum tipo. O resto é luta, minha gente.




Fim de tarde. Dia banal, terça, quarta-feira. Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? E trabalho, amor, moradia? O que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: Sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, deus dará.




Pro meu benzinho.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

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Uma imagem vale mais que 1000 palavras

sábado, 3 de outubro de 2009

Rupestre

Porque tem uma hora que o mundo cinza parece começar também a se esmaecer. Lindas são as coisas que se destacam, lindas e cruéis e não cruéis por serem lindas. A criança que destrói os brinquedos e doma no aniquilamento o império da imaginação, a criança que manda em tudo e é Deus.

Desde muito cedo, desenvolvi o hábito de colorir paredes e saber o nome de tudo. A primeira coisa ilícita que fiz foi beber o curacao blue do bar de casa. Era bonito, quando o sol atravessava a garrafa e azulava a parede, com brilho e magia. Muito mais tarde, Pink Floyd e hoje em dia, eu no lado escuro da lua, apatriando os passos pequenos demais pra humanidade.


Semana que vem vou a uma festa a fantasia. Ainda não decidi se vou de piloto kamikaze ou Travis Bickle. Talvez vá de Rorschach. Talvez nem vá a essa merda.
Nós somos mesmo um povo muito engraçado,

Se o país não conquista nada, somos um povo de merda, que nunca chega a lugar algum porque todos os políticos são ladrões, há muita violência, ninguém respeita ninguém e não merecemos mesmo ter direito a nada.

Se o país conquista o direito de sediar o maior evento esportivo do mundo, somos um povo de merda, que nunca chega a lugar algum porque todos os políticos são ladrões, há muita violência, ninguém respeita ninguém e ganhamos essa disputa sem merecer.

Ê meu país.


P.S: Não ouçam a Paty, ela está aqui com o único intuito de me contrariar.
O Rio de Janeiro ganhou a disputa com Tóquio, Chicago e Madri, e vai sedear as olímpiadas de 2016.

Não, eu não acredito que isso vai ser bom para o país, pelo contrário, somos nós, povo brasileiro sofrido e trabalhador, que pagaremos a conta dessa festa.

Mas sem pensar muito no amanhã e focando na cerimônia, eu confesso que o discurso do Lula foi de emocionar até o homem das neves. E quando veio o anúncio final e as gentes importantes do Brasil começaram a pular-chorar-se abraçar-e-se comportar feito criança que ganha pirulito, eu fiquei bem contente. Não por termos derrotado as maiores economias do mundo ( e passado a perna na argentina, embora isso me deixe mega contente também), mas por sermos, talvez o único, país do mundo a não sentir vergonha de transformar uma cerimônia sisuda e convencional em um ensaio de escola de samba. Como disseram os maiores jornais do mundo, sem o Brasil, as disputas internacionais não tem a mesma graça.

O coração do Brasil é nossa carta de alforria. Fato.


P.S: Só senti falta do Galvão Bueno, pulando e gritando junto com Pelé: É Tetra! É Tetra! É Tetra!
Alguém sabe me dizer porque não levaram ele pra Dinamarca?

Grata.
É agora, nesta contramão!

( Ana C.)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Estou com a pior enxaqueca dos últimos 2009 anos.

Nem a coroa de espinhos de jé-sus, deve ter causado tanta dor de cabeça.
Venho por meio desta, esclarecer que ontem eu não fiz greve de Patrícia, minha gente.

Estava eu, num dia péssimo, irritando, com meu adorável mau humor, até o meu cachorro que sequer mexe a cabeça pra estranhos. Sendo assim, optei por não aborrecer Patrícia ( a rainha do bailinho) com meu momento "O mundo é uma merda e eu quero morrer". Em nome da preservação dos nossos momentos de meninices-besteirol escrachado-e-risadas extravagantes, me calei.

Essa é a verdade-verdadeira, meu povo.

Fernanda M.