Não, não foi tudo perfeito, mas foi na medida certa que eu precisava pra rever algumas coisas na minha vida.
Descobri que eu não sou tão estressada quanto pensava, o estresse está no meu trabalho, não em mim. Que eu sou mais sociável do que imagina a minha família. Que eu não passo tão mal assim e nem emburro com tanta facilidade. Que eu tenho amigos que me bastariam pra viver se o mundo explodisse. Que o meu mau humor tem profunda ligação com a pressão do dia a dia. Que eu tenho medo de espiritos, principalmente de Iemanjá. Que eu aprendi a ceder. E o principal, que a minha teimosia, impulsividade, orgulho e cabeça dura já não são mais suficientes pra eu abandonar uma possibilidade de felicidade.
Sei lá, acho que eu começo 2010 um pouco mais madura. Com menos sonhos e mais planos. Com mais vontade de brigar por um futuro que eu sempre deixei vir como e quando quisesse. É como se agora eu finalmente tivesse deixado a torcida pra entrar no jogo.
E como nos trucos de tantos botecos sujos ou mesas transbordando cervejas, eu só jogo pra ganhar.
Não carrego lemas, eu faço questão.
E se num futuro, por algum acaso, algum dia eu me deparar com esse textinho, quero ler o quanto essas férias de 2009 me fizeram bem.
Já dizia Léo Jaime,
O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia
As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar...
É isso.
Bom ano pra todos aqueles que, de alguma forma, fazem parte dos meus dias
E,
Melhor ano da vida pra todos aqueles que eu amo.