sábado, 19 de setembro de 2009

Desventuras no Sul 2 - O confronto final

Pois é, fui pro cliente, resolvi o problema, consegui antecipar meu vôo, o lanche no vôo não foi "light", chegando em sampa fui ao guichê da TAM retirar minhas "armas brancas" que tive que despachar, depois nos achados e perdidos retirar minha carta de motorista que havia caído do meu bolso depois que fiquei emputecido com a atitude da cretina da atendente da TAM. Até aí estava lindo. Eis que, voltando apé pra casa (sim, moro a 2km do aeroporto), me cai um gato do céu (sim, caiu um gato, no meio da rua, fez um puta barulho). Instantaneamente eu olho pro céu, pra ver se não iria cair mais, e nada. Olho pro gato, ele olha pra mim com uma cara de "ai, essa doeu, porra". Em seguida, pra não perder a moral, o gato me estranha, e sai andando, entra em um barracão do aeroporto, e eu tentando entender de onde caiu o maldito gato! Depois dessa, nada mais aconteceu, e acho que nada mais me surpreenderá!

Fakedin e delírios sobre a consciência

Lançada em maio de 2003, a rede de relacionamentos profissionais Linkedin aos poucos vira sinônimo de enganação. Como o site não exige referência, muito “bóia fria” se apresenta como executivo de primeira linha. O caso mais lúdico encontrado por mim foi o de um “colega de trabalho” que fez vários uploads de apresentações criadas por outras pessoas da companhia e, no site, registrou como se fosse dele.

Não sou advogado, mas deve existir algo no artigo 299 sobre falsidade documental que fala sobre isso. Caberia a minha pessoa denunciar e fazer os velhinhos bebedores de whisky mais... Ricos? Penso ser impossível eles serem mais ricos, mas uma pessoa física, da classe média, certamente se tornaria de classe miserável após 2 segundos do primeiro round.

Em casos assim, tudo é questão de escolher o quão filho da puta se quer ser. Punir um pai de família e apoiar uma empresa opressora ou se calar diante de um delinqüente. Cara ou coroa foi o que eu fiz, mas não escreverei aqui sobre o lado da moeda, adeus.
Já escolhi o noivo, o vestido, e a data. A minha única dúvida é com qual música faço a minha entrada triunfal na igreja,



Sou Você
Caetano Veloso

Mar sob o céu, cidade na luz
Mundo meu, canção que eu compus
Mudou tudo, agora é você
A minha voz que era da amplidão

Do universo, da multidão
Hoje canta só por você
Minha mulher, meu amor, meu lugar

Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu da cidade
Lua no mar, estrelas no chão

Aos seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Levanta o sol do meu coração

Já não vivo, nem morro em vão
Sou mais eu, porque sou você
Minha mulher, meu amor, meu lugar

Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu da cidade
Lua no mar, estrelas no chão

Aos seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Levanta o sol do meu coração

Já não vivo, nem morro em vão
Sou mais eu, porque sou você



Ou,



Dia Branco
Geraldo Azevedo

Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...
Eu lhe prometo o sol

Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair

Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
Nesse dia branco

Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Oh! oh! oh...
Se você quiser e vier

Pro que der e vier
Comigo
Se você vier

Pro que der e vierComigo...
Eu lhe prometo o sol

Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier

Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
E nesse dia branco

Se branco ele for
Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor...
Se você quiser e vier

Pro que der e vier
Comigo
Comigo, comigo.













Enquanto decido, espero o noivo escolhido se animar a casar comigo.

Sim, Paty e eu adoramos fazer planos pra toda a humanidade. Acho até que vou escrever um livro " Paty, os planos e eu. "

Desventuras no Sul

São Paulo, 05:00 de um começo de manhã de sexta-feira não muito fria, mas nublada, tomo meu banho e vou caminhando até o Aeroporto de Congonhas. 06:00 da matina, aeroporto cheio desde cedo, fila no “check-in” e nos cafés, começo a me estressar. Vou até um "totem" da empresa TAM pra emitir meu bilhete eletrônico, o que não deu certo, informa que devo mesmo tomar no cú e pegar a fila monstruosa, mesmo estando com apenas uma mochila. Pois bem, após longos 20 minutos de fila, entrego meus documentos à atendente da companhia, ela informa que não localizou a reserva do vôo, me irrito mais um pouco, e saco meu notebook da mochila pra mostrar o voucher eletrônico. Após alguns minutos (tempo para o cérebro da moça pegar no tranco, deve ser a álcool, e tive a paciência de esperar), ela pede a um coordenador que libere meu bilhete, maravilha, respiro aliviado. Quando estou prestes a dar um bom dia bem amistoso, a cretina solta: "Senhor, precisamos pesar a sua bagagem de mão, pois não pode passar de 5KG.". Começo a me “emputecer”, coloco a mochila na balança, e a cretina me diz, com ar amistoso de quem quer enfiar dois dedões no seu cú: "Senhor, o senhor precisará despachar sua bagagem de mão!". O sangue subiu, não sou de bater em mulher, mas nesse momento a cretina da atendente caberia no espaço que restava na mochila, bem dobrada. Mas de nada valeria espernear naquele momento, na verdade dei até sorte porque meu canivete suíço e um estojo novo de ferramentas que ganhei do meu amor estavam dentro da mochila, e provavelmente se eu levasse a mochila comigo, eu teria de deixar esses pertences na "PF". Me restou colocar o notebook debaixo do braço e passar pelo "crivo" da PF (é, aqueles "coxinhas" mais refinados e pseudo-estudados). Pois bem, chegando ao detector eis que encontro um senhor alinhado, cara de vendedor de títulos de seguro privado, perdendo as estribeiras e quase espancando os agentes da PF: "isso é um absurdo, todo dia é a mesma palhaçada, daqui a pouco terei de ficar apenas de cueca pra vocês verem que não carrego nada!". A verdade é que a lei é igual pra todos, e pelo menos ali ela foi cumprida, pois bem... O embarque para meu vôo já estava aberto, e eu achei bom, odeio aquela espera de saguão de embarque, entrei no avião, peguei meu assento e sentei nele, nessa ordem mesmo. Café da manhã de vôo é sempre legal, por isso saí de jejum de casa, mas eles sempre adivinham como anda minha vida e saúde corporal, e me serviram um café da manhã "light". O que me deixou emputecido no vôo foi a tranqüilidade e humor negro do piloto: "bom dia senhores passageiros, dentro de instantes pousaremos no Aeroporto Afonso pena, em Curitiba, o tempo por lá está nublado, em agradáveis 11 graus". Eu fiz questão de virar pro rapaz do meu lado: "agradável, só se for pra ele!". Pois bem, cheguei em Curitiba sem maiores pormenores, saí na calçada do saguão pra fumar um cigarro, aquele frio desgraçado com vento (o que é pior, podem acreditar), e um cidadão adiposo vestido de chinelo, bermuda, camiseta de torcida organizada do furacão, óculos escuros (pra que os óculos caralho, já está aparecendo bem sem eles nesse frio do cacete!), e fazendo pose de mau, preferi desviar o olhar para um ônibus da APAE que desembarcava as crianças para um passeio pelo aeroporto, e achei bacana demais. Chamei o táxi (sim, agora a firma disponibiliza voucher de uma cooperativa de taxi que atende em todo o país), fui de Pinhais a Curitiba "trocando idéia" com um senhor muito "gente fina", sotaque alemão levemente perceptível, e o assunto era o de sempre, e o que eu mais gosto de prosear com os taxistas: política e problemas das cidades brasileiras, mas ele profetizou uma coisa que me deixou com medo: Collor está voltando, aguarde e verás! Cheguei no cliente, e em cinco minutos constatei o que meu coordenador não havia constatado remotamente, o servidor de voz do cliente "mooooooooreu", mas o almoço com o cliente foi bom, no segundo cliente eu tomei um banho de realidade, "me toquei" que não há empresas de serviço de qualidade no que eu faço aqui no sul, e acho que vou pegar minhas malas, minha mulher, e morar por aqui. O dia terminou com uma pizza no quarto do hotel, frio pra cacete e chuva sem parar. Hoje é sábado, nem sei se o servidor novo do cliente chegou, não estou preocupado, só quero voltar pra sampa, como diria Sá, Rodrix e Guarabyra, "eu pego a montaria e vou rever o meu amor, depois de cinco dias pendurado no vapor"...