quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Chapolin e as religiões publicitárias

Ao criar o bordão sigam-me os bons, o grande poeta e filósofo Chapolin Colorado não previa ser, de forma oculta, plagiado por companhias publicitárias. O amontoado de mentes, mumificadas por essa minoria, tende a aumentar no Brasil graças aos comerciais “sacadinhos” de cerveja, mas na Espanha, uma medida foi tomada.

Na “Argentina Européia”, a exibição de anúncios à moda de Hitler, isto é; os comerciais que induzem a população a buscar a perfeição corporal foram proibidos na TV das 6 da manhã até 10 da noite. Qualquer publicidade, tal qual as que associam sucesso, popularidade e beleza com ser usuário da marca tal do cigarro X ou mesmo as que implicitamente dizem que gordo bom é gordo magro, teoricamente não estarão ao alcance das crianças espanholas. Digo teoricamente porque é sabido da curiosidade infantil sobre filmes adultos televisionados após as 22 horas, mas isso não vem ao caso agora.

Parafraseando o banco real, o importante é que parlamento Espanhol promete garantir 16 horas de programação livre de campanhas que exaltam a estética e estimulam distúrbios como a anorexia. Embora isso dê muito bafafá e processos na Espanha, eu (do alto de minha Zé ninguelância) seria a favor de abolir qualquer publicidade que, conforme o vídeo abaixo, insinue que se deve ser lindo e/ou usar drogas lícitas para ser bem sucedido.

... Quero que você nunca perca de vista a música da nossa existência, e que me prometa ter entendido que a felicidade não é um destino, mas a viagem. E que, por isso, teremos sido felizes pelos sonhos que compartilhamos enquanto olhávamos a lua. Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida. Que você nunca mais deixe de pensar em mim quando escutar Beatles ou ler Caio Fernando. E, por fim, que você continue dançando conforme a música. Para sempre. Mesmo quando eu não estiver mais olhando.


(Milly Lacombe e minhas pequeninas adaptações)

É isso.

Meu amor,

Se você dissesse que hoje é nosso aniversário de 10 anos de namoro, eu juro, acreditaria na maior. Por tanto de tudo o que já vivemos. Por tanto de tudo que já aprendemos. Por tanto de tudo que já dividimos. E por tanto de tudo de tudo.

Pelas mágoas, as decepções, os sorrisos, as declarações, as surpresas, os segredos, as superações, as brigas, os gestos, o companheirismo, os passeios, as convicções, os amigos e por tanta coisa que já construímos juntos. E por tantos sonhos. E por tantos planos. E por tanta certeza que dessa vez, a gente acertou no nosso futuro.

Até o nosso aniversário de 70 anos juntos, meu bem.

Pelo amor de todo dia e por todo amor que houver nessa vida.

Paulo,

Por muito tempo você foi inspiração pros meus textos desconexos e cheio de sentimentos. Eu juro que um dia achei que você seria o cara com quem me casaria e teria 3 filhos e dois cachorros. Mas o tempo passou numa velocidade alucinante, erramos pra caralho e nossos erros foram perdoados da forma mais rara e bonita que existe, como se eles nunca tivessem existido. Todas as coisas improváveis que poderiam acontecer, aconteceram com a gente. Fomos amigos, parceiros, confidentes, cúmplices, apaixonados, casal, imaturos, inconsequentes, indiferentes e amigos novamente. Passamos por todas as variáveis de sentimentos que duas pessoas podem alcançar numa vida. E hoje, no seu aniversário de 26 anos, posso dizer sem nenhum medo de queimar a língua, ficou o amor. O amor de quem já viveu todas as sensações, das mais doloridas as mais gostosas, e sabe da pureza de se ter alguém pra torcer e confiar de olhos fechados pela vida inteira.

Como eu já disse pra você, Paulo, eu tenho um puta orgulho do que somos hoje e seremos sempre juntos.

Obrigado por todos os muros que você pulou pra ficar ao meu lado.

Parabéns, e o meu carinho de toda uma vida.


Ao som de Los Hermanos. (2)