domingo, 27 de dezembro de 2009

E por falar em fim de ano, Rodrigo e derivados.

Eu preciso contar a desgraça que me aconteceu aos 45 minutos do segundo tempo.
Sim, queridos telespectadores, eu vou passar a virada de ano na praia, e o que é pior, com o Rodrigo. Obviamente que isso foi idéia do Airton, a minha sugestão foi chamar só a Talita e a Paty. Mas como boa cristã que eu sou, resolvi ver o lado bom dessa desgraça. Talvez eu consiga arrastá-lo até a piscina enquanto dorme e matá-lo afogado.

É apenas um plano. Caso funcione, jurarei até a morte que foi um acidente.
Caso não funcione, é bem provável que eu tenha azar o ano inteiro...


Adeus,
Bom,

Agora que todo mundo de importante já postou "coisinhas emocionantes" sobre 2009, estamos encerrando o balanço do ano neste blog.

Quem postou, postou. Quem não postou, é porque é lerdo o suficiente pra acompanhar nosso ritmo.

E antes que alguém estranhe,

Não, o Rodrigo não é importante aqui.

E tenho dito!

Lá se vai... Deixando saudades...

Fim de jornada, com a sensação de dever cumprido...

Conquistei novos amigos, revi conceitos, reescrevi histórias, participei de projetos...
Trabalhei demais, bebi demais, fumei demais, comi demais...
Procurei novos caminhos, me perdi nas tuas letras, me encontrei com a paz...
Dormi demais, me preocupei demais, te amei demais...
Fiquei doente, tomei diversos remédios e nada resolveu...
Estudei demais, copiei demais...
Inventei soluções...
Vivi demais...

Eu quero mais alguns anos iguais a esse!
Então, eu tô super achando lindo o povo daqui escrevendo seus balanços de 2009. Sei lá, dá até a impressão que nosso blog é tipo aquela coisa meio TPM, Meninas Malvadas, Tudo Jóia, Atire no Dramaturgo, ou qualquer trabalho mega sério que dá a maior moral pra quem colabora e tal

Então (2), só vim dizer que, contrariando as expectativas e indo contra a maré, meu ano foi bem bacana. Foi o ano em que eu finalmente me re-descobri. Como diz a Paty, sei lá, acho que eu nunca fui tão bonita como esse ano. Mas bonita de uma beleza de brilho, com sorriso nos olhos, aquela coisa de quem passou anos no deserto e finalmente acha um lago.

Tá certo que eu tive problemas pra caralho no trabalho, e a saúde, bem, todo mundo aqui sabe que a minha saúde é frágil. Mas olha, eu sobrevivi, meu povo. E pasmem! Inteira.

Foi o ano em que eu menos me meti em confusão desde que eu conheci a Paty. Acho isso super digno de se dizer, embora talvez ela me mate por esse parágrafo.

Conheci muitos sentimentos novos, e um lado mulherzinha, que eu nem sabia que habitava esse ser.

Passei uma borracha em todas as questões mal resolvidas com pessoas que, de certa forma, ainda arrancam olhares carinhosos de mim, mas infelizmente há histórias que continuam sem soluções, mesmo não havendo mais mágoas. A vida costuma ser assim, isso eu aprendi bem cedo.

Descobri o amor, e ele não se parece em nada com o de conto de fadas. Mas é bem melhor, garanto.

Diminui o café, emagreci uns quilos, fiquei quase careca, cuidei mais da pele, e ri bastante.

Meus amigos continuam os mesmos de 2008, isso eu acho bem bacana. Algumas pessoas perceberam que eu não sou a bruxa que pintavam por aí, isso eu acho bem feito pra elas.

Enfim, também continuo arrogante, egoísta, teimosa, e nada legal.

O texto tá meio desconexo porque eu o escrevi da maneira em que fui lembrando dos fatos. No fundo acho que é mais ou menos isso. A nossa vida não segue uma ordem cronológica, cada um tem um tempo diferente de ver, sentir, viver e se descobrir. O meu tempo começou esse ano. 2009 foi, sem dúvida, o ano da verdade. Da minha verdade.

E pra não perder o momento clichê de fim de ano,

Como dizem por aí, a verdade tarda mas não falha.

Beijos carinhosos a todos os colaboradores desse espacinho tão nosso. Exceto no Airton, pra quem eu guardo sempre, não o mais carinhoso, mas o meu melhor beijo.
Interessante, essa buceta toda. Não consigo mais beijar na boca, não consigo mais trepar, não consigo mais escrever... esse ano que passou foi, definitivamente, uma bosta e lá vem ele de novo com amargura, azedume, tristeza por favor vá embora, como sofre o peixe vivo fora da fervura. Saudade de velhos tempos recentes, saudade de tocar, saudade de ser tocado, saudade de tocar o foda-se e ser o galo do terreiro. Morri de véspera e o peru não foi pro forno. Ano que vem, quem sabe, melhora, quem sabe a porra toda desande. Quero mesmo é desandar, cagar em cada aresta dessa vida escalena e escalopada.

Mas nem tudo são tais flores. Na verdade, é mais vontade de escrever que outra coisa. Criança sabe por que fica de castigo. Deixa castigar, castiga tudo, meu pau, meus olhos, meus dentes e minhas tripas. Enquanto houver amortecedores, há esperança, e partindo disso, vou por aí, sacando a comiseração das pessoas com a minha figura, os sorrisos de boca americana (tem coisa mais cínica que um americano sorrindo de boca fechada? Reparem no sorriso do Donald Rumsfeld), aquele balãozinho de nuvem escrito 'lá vem o maluco, coitado... lá vem o caso perdido, lá vem aquilo que não presta, lá vem o homem de merda, o loser, o temba, o capiroto, o agressor, o pobre-coitado, o filho da puta' e coisas da alçada. Fodam-se todos, pixotinhos... vão passar pancake nas suas vidinhas. A maçã dos seus rostos é de cera. A minha tem bichos mas tem polpa.

Assim, tenho fumado a vida e bebido os dias. Aqueles que realmente me conhecem, conto-os nos fios de cabelo de um ovo, me consideram um herói.

Minha grande proeza é o sorriso. E que sorriso filho da puta de simpático eu tenho.