E por falar em fim de ano, Rodrigo e derivados.
Eu preciso contar a desgraça que me aconteceu aos 45 minutos do segundo tempo.
Sim, queridos telespectadores, eu vou passar a virada de ano na praia, e o que é pior, com o Rodrigo. Obviamente que isso foi idéia do Airton, a minha sugestão foi chamar só a Talita e a Paty. Mas como boa cristã que eu sou, resolvi ver o lado bom dessa desgraça. Talvez eu consiga arrastá-lo até a piscina enquanto dorme e matá-lo afogado.
É apenas um plano. Caso funcione, jurarei até a morte que foi um acidente.
Caso não funcione, é bem provável que eu tenha azar o ano inteiro...
Adeus,
domingo, 27 de dezembro de 2009
Bom,
Agora que todo mundo de importante já postou "coisinhas emocionantes" sobre 2009, estamos encerrando o balanço do ano neste blog.
Quem postou, postou. Quem não postou, é porque é lerdo o suficiente pra acompanhar nosso ritmo.
E antes que alguém estranhe,
Não, o Rodrigo não é importante aqui.
E tenho dito!
Agora que todo mundo de importante já postou "coisinhas emocionantes" sobre 2009, estamos encerrando o balanço do ano neste blog.
Quem postou, postou. Quem não postou, é porque é lerdo o suficiente pra acompanhar nosso ritmo.
E antes que alguém estranhe,
Não, o Rodrigo não é importante aqui.
E tenho dito!
Lá se vai... Deixando saudades...
Fim de jornada, com a sensação de dever cumprido...
Conquistei novos amigos, revi conceitos, reescrevi histórias, participei de projetos...
Trabalhei demais, bebi demais, fumei demais, comi demais...
Procurei novos caminhos, me perdi nas tuas letras, me encontrei com a paz...
Dormi demais, me preocupei demais, te amei demais...
Fiquei doente, tomei diversos remédios e nada resolveu...
Estudei demais, copiei demais...
Inventei soluções...
Vivi demais...
Eu quero mais alguns anos iguais a esse!
Conquistei novos amigos, revi conceitos, reescrevi histórias, participei de projetos...
Trabalhei demais, bebi demais, fumei demais, comi demais...
Procurei novos caminhos, me perdi nas tuas letras, me encontrei com a paz...
Dormi demais, me preocupei demais, te amei demais...
Fiquei doente, tomei diversos remédios e nada resolveu...
Estudei demais, copiei demais...
Inventei soluções...
Vivi demais...
Eu quero mais alguns anos iguais a esse!
Então, eu tô super achando lindo o povo daqui escrevendo seus balanços de 2009. Sei lá, dá até a impressão que nosso blog é tipo aquela coisa meio TPM, Meninas Malvadas, Tudo Jóia, Atire no Dramaturgo, ou qualquer trabalho mega sério que dá a maior moral pra quem colabora e tal
Então (2), só vim dizer que, contrariando as expectativas e indo contra a maré, meu ano foi bem bacana. Foi o ano em que eu finalmente me re-descobri. Como diz a Paty, sei lá, acho que eu nunca fui tão bonita como esse ano. Mas bonita de uma beleza de brilho, com sorriso nos olhos, aquela coisa de quem passou anos no deserto e finalmente acha um lago.
Tá certo que eu tive problemas pra caralho no trabalho, e a saúde, bem, todo mundo aqui sabe que a minha saúde é frágil. Mas olha, eu sobrevivi, meu povo. E pasmem! Inteira.
Foi o ano em que eu menos me meti em confusão desde que eu conheci a Paty. Acho isso super digno de se dizer, embora talvez ela me mate por esse parágrafo.
Conheci muitos sentimentos novos, e um lado mulherzinha, que eu nem sabia que habitava esse ser.
Passei uma borracha em todas as questões mal resolvidas com pessoas que, de certa forma, ainda arrancam olhares carinhosos de mim, mas infelizmente há histórias que continuam sem soluções, mesmo não havendo mais mágoas. A vida costuma ser assim, isso eu aprendi bem cedo.
Descobri o amor, e ele não se parece em nada com o de conto de fadas. Mas é bem melhor, garanto.
Diminui o café, emagreci uns quilos, fiquei quase careca, cuidei mais da pele, e ri bastante.
Meus amigos continuam os mesmos de 2008, isso eu acho bem bacana. Algumas pessoas perceberam que eu não sou a bruxa que pintavam por aí, isso eu acho bem feito pra elas.
Enfim, também continuo arrogante, egoísta, teimosa, e nada legal.
O texto tá meio desconexo porque eu o escrevi da maneira em que fui lembrando dos fatos. No fundo acho que é mais ou menos isso. A nossa vida não segue uma ordem cronológica, cada um tem um tempo diferente de ver, sentir, viver e se descobrir. O meu tempo começou esse ano. 2009 foi, sem dúvida, o ano da verdade. Da minha verdade.
E pra não perder o momento clichê de fim de ano,
Como dizem por aí, a verdade tarda mas não falha.
Beijos carinhosos a todos os colaboradores desse espacinho tão nosso. Exceto no Airton, pra quem eu guardo sempre, não o mais carinhoso, mas o meu melhor beijo.
Então (2), só vim dizer que, contrariando as expectativas e indo contra a maré, meu ano foi bem bacana. Foi o ano em que eu finalmente me re-descobri. Como diz a Paty, sei lá, acho que eu nunca fui tão bonita como esse ano. Mas bonita de uma beleza de brilho, com sorriso nos olhos, aquela coisa de quem passou anos no deserto e finalmente acha um lago.
Tá certo que eu tive problemas pra caralho no trabalho, e a saúde, bem, todo mundo aqui sabe que a minha saúde é frágil. Mas olha, eu sobrevivi, meu povo. E pasmem! Inteira.
Foi o ano em que eu menos me meti em confusão desde que eu conheci a Paty. Acho isso super digno de se dizer, embora talvez ela me mate por esse parágrafo.
Conheci muitos sentimentos novos, e um lado mulherzinha, que eu nem sabia que habitava esse ser.
Passei uma borracha em todas as questões mal resolvidas com pessoas que, de certa forma, ainda arrancam olhares carinhosos de mim, mas infelizmente há histórias que continuam sem soluções, mesmo não havendo mais mágoas. A vida costuma ser assim, isso eu aprendi bem cedo.
Descobri o amor, e ele não se parece em nada com o de conto de fadas. Mas é bem melhor, garanto.
Diminui o café, emagreci uns quilos, fiquei quase careca, cuidei mais da pele, e ri bastante.
Meus amigos continuam os mesmos de 2008, isso eu acho bem bacana. Algumas pessoas perceberam que eu não sou a bruxa que pintavam por aí, isso eu acho bem feito pra elas.
Enfim, também continuo arrogante, egoísta, teimosa, e nada legal.
O texto tá meio desconexo porque eu o escrevi da maneira em que fui lembrando dos fatos. No fundo acho que é mais ou menos isso. A nossa vida não segue uma ordem cronológica, cada um tem um tempo diferente de ver, sentir, viver e se descobrir. O meu tempo começou esse ano. 2009 foi, sem dúvida, o ano da verdade. Da minha verdade.
E pra não perder o momento clichê de fim de ano,
Como dizem por aí, a verdade tarda mas não falha.
Beijos carinhosos a todos os colaboradores desse espacinho tão nosso. Exceto no Airton, pra quem eu guardo sempre, não o mais carinhoso, mas o meu melhor beijo.
Interessante, essa buceta toda. Não consigo mais beijar na boca, não consigo mais trepar, não consigo mais escrever... esse ano que passou foi, definitivamente, uma bosta e lá vem ele de novo com amargura, azedume, tristeza por favor vá embora, como sofre o peixe vivo fora da fervura. Saudade de velhos tempos recentes, saudade de tocar, saudade de ser tocado, saudade de tocar o foda-se e ser o galo do terreiro. Morri de véspera e o peru não foi pro forno. Ano que vem, quem sabe, melhora, quem sabe a porra toda desande. Quero mesmo é desandar, cagar em cada aresta dessa vida escalena e escalopada.
Mas nem tudo são tais flores. Na verdade, é mais vontade de escrever que outra coisa. Criança sabe por que fica de castigo. Deixa castigar, castiga tudo, meu pau, meus olhos, meus dentes e minhas tripas. Enquanto houver amortecedores, há esperança, e partindo disso, vou por aí, sacando a comiseração das pessoas com a minha figura, os sorrisos de boca americana (tem coisa mais cínica que um americano sorrindo de boca fechada? Reparem no sorriso do Donald Rumsfeld), aquele balãozinho de nuvem escrito 'lá vem o maluco, coitado... lá vem o caso perdido, lá vem aquilo que não presta, lá vem o homem de merda, o loser, o temba, o capiroto, o agressor, o pobre-coitado, o filho da puta' e coisas da alçada. Fodam-se todos, pixotinhos... vão passar pancake nas suas vidinhas. A maçã dos seus rostos é de cera. A minha tem bichos mas tem polpa.
Assim, tenho fumado a vida e bebido os dias. Aqueles que realmente me conhecem, conto-os nos fios de cabelo de um ovo, me consideram um herói.
Minha grande proeza é o sorriso. E que sorriso filho da puta de simpático eu tenho.
Mas nem tudo são tais flores. Na verdade, é mais vontade de escrever que outra coisa. Criança sabe por que fica de castigo. Deixa castigar, castiga tudo, meu pau, meus olhos, meus dentes e minhas tripas. Enquanto houver amortecedores, há esperança, e partindo disso, vou por aí, sacando a comiseração das pessoas com a minha figura, os sorrisos de boca americana (tem coisa mais cínica que um americano sorrindo de boca fechada? Reparem no sorriso do Donald Rumsfeld), aquele balãozinho de nuvem escrito 'lá vem o maluco, coitado... lá vem o caso perdido, lá vem aquilo que não presta, lá vem o homem de merda, o loser, o temba, o capiroto, o agressor, o pobre-coitado, o filho da puta' e coisas da alçada. Fodam-se todos, pixotinhos... vão passar pancake nas suas vidinhas. A maçã dos seus rostos é de cera. A minha tem bichos mas tem polpa.
Assim, tenho fumado a vida e bebido os dias. Aqueles que realmente me conhecem, conto-os nos fios de cabelo de um ovo, me consideram um herói.
Minha grande proeza é o sorriso. E que sorriso filho da puta de simpático eu tenho.
sábado, 26 de dezembro de 2009
Dia estranho esse, bem estranho.
Passo a madrugada inteira com uma puta cólica dos infernos, meio-acordo de manhã e dou de cara com meu namorado já bem acordado e na internet, dizendo que a Paty não ia poder passar o ano novo com a gente. Puta merda!
Levanto pra ir pagar umas contas e esqueço o principal, comprar o meu remédio.
Por uma incompatibilidade de personalidade, tenho uma baita discussão com meu namorado. Feia mesmo, daquelas em que um dos dois vai embora sem dizer tchau e o outro se vê obrigado a ir atrás pra não piorar a situação.
As coisas se acalmam e a gente resolve dar uma volta. Vamos comer no mesmo lugar em que baixou um espirito em mim certa vez ( vide postagens anteriores), e no meio da cerveja eu começo a ter uma queda de pressão e a suar frio. É, eles (os fantasmas) não gostam de me ver lá. Fato.
Meu namorado me deixa em casa e vai embora. E eu resolvo escrever essas coisas que super não interessam a ninguém, enquanto o sono não chega.
Assim, esse ano eu devo ter ficado umas quatro noites de sábados (no máximo) em casa. E eu tô achando isso muito estranho mesmo. Juro.
E pra não dizer que eu não falei das flores, meu primo-irmão-melhor-amigo-que-eu-já-tive-em-toda-vida-e-que-casou-com-uma-mulher-que-morria-de-ciumes-de-mim-e-que-por-isso-nos-afastou, se separou.
Soube hoje. E a minha expressão foi qualquer coisa assim, de quem não sente muito: "Jóia! Agora podemos retomar a antiga parceria."
As vezes eu sou egoísta pra caralho. E nas outras vezes eu me acho super má mesmo. Muito embora, poderes paranormais tenham revelado ao meu namorado que eu tenho apenas, problemas de saúde.
Logo, quando eu disser que estou passando mal, e suspeitarem de uma invenção minha por algum motivo baseado no egoísmo ou maldade, defenderei até a morte a veracidade da paranormalidade.
É isso, meu Brasil. O meu mundo cor de rosa também tem espinhos. Mas como diria Ana Carolina "Sempre são rosas".
Boa noite, Fátima.
Passo a madrugada inteira com uma puta cólica dos infernos, meio-acordo de manhã e dou de cara com meu namorado já bem acordado e na internet, dizendo que a Paty não ia poder passar o ano novo com a gente. Puta merda!
Levanto pra ir pagar umas contas e esqueço o principal, comprar o meu remédio.
Por uma incompatibilidade de personalidade, tenho uma baita discussão com meu namorado. Feia mesmo, daquelas em que um dos dois vai embora sem dizer tchau e o outro se vê obrigado a ir atrás pra não piorar a situação.
As coisas se acalmam e a gente resolve dar uma volta. Vamos comer no mesmo lugar em que baixou um espirito em mim certa vez ( vide postagens anteriores), e no meio da cerveja eu começo a ter uma queda de pressão e a suar frio. É, eles (os fantasmas) não gostam de me ver lá. Fato.
Meu namorado me deixa em casa e vai embora. E eu resolvo escrever essas coisas que super não interessam a ninguém, enquanto o sono não chega.
Assim, esse ano eu devo ter ficado umas quatro noites de sábados (no máximo) em casa. E eu tô achando isso muito estranho mesmo. Juro.
E pra não dizer que eu não falei das flores, meu primo-irmão-melhor-amigo-que-eu-já-tive-em-toda-vida-e-que-casou-com-uma-mulher-que-morria-de-ciumes-de-mim-e-que-por-isso-nos-afastou, se separou.
Soube hoje. E a minha expressão foi qualquer coisa assim, de quem não sente muito: "Jóia! Agora podemos retomar a antiga parceria."
As vezes eu sou egoísta pra caralho. E nas outras vezes eu me acho super má mesmo. Muito embora, poderes paranormais tenham revelado ao meu namorado que eu tenho apenas, problemas de saúde.
Logo, quando eu disser que estou passando mal, e suspeitarem de uma invenção minha por algum motivo baseado no egoísmo ou maldade, defenderei até a morte a veracidade da paranormalidade.
É isso, meu Brasil. O meu mundo cor de rosa também tem espinhos. Mas como diria Ana Carolina "Sempre são rosas".
Boa noite, Fátima.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
A palavra mágica é charme.
Com tantas clínicas de estética, academias, cirúrgias, truques e derivados, qualquer pessoa com um pouco mais de dinheiro, ou economias guardadas durante anos, pode se tornar uma pessoa bonita.
Com tantos livros, meios de pesquisa, professores particulares, cursinhos gratuitos, informação, qualquer pessoa com um pouco de foco e disciplina, pode se tornar uma pessoa inteligente.
Com tantos escritores bacanas, assuntos políticos atuais, bandas fodidas, religiões diversas, filosofias criadas, qualquer pessoa com um pouco mais de interesse e vontade, pode se tornar uma pessoa com um papo interessante.
Com tantos cursos de etiqueta, aulas de dança, voz, guitarra, bateria, gaita ou violão, clubes do vinho, programas de culinária, qaulquer pessoa com um pouco mais de tempo livre e paciência, pode se tornar uma pessoa encantadora.
Agora charme, meu amigo, charme é um lance que ou você tem ou você não tem. Não se aprende com o tempo, não se adquire com persistência e não se compra nas butiques caras da José Paulino. Forçar charme é ficar apenas um pouco mais sem graça que o habitual.
O jeito de segurar o copo de plástico na hora de beber a cerveja, o jeito de tragar a fumaça do cigarro, o jeito de gesticular na hora de uma conversa mais enérgica, o jeito de soltar um palavrão quando não há mais nada a ser dito, o jeito de viajar numa música que tá tocando, o jeito de olhar nos olhos de alguém, e principalmente, o jeito de fazer, talvez não a coisa mais certa a ser feita naquele momento, mas do jeito mais certo de fazer a coisa errada, nada disso pode ser feito de um jeito que não seja o natural.
Com verdade, charme rima com verdade em cada gesto bobo do cotidiano. E é aí, meu amigo, na hora de fazer as coisas mais simples com verdade, que a maioria das pessoas se tornam macacos treinados de circo.
Vinicius de Moraes que me desculpe, mas charme é fundamental.
Com tantas clínicas de estética, academias, cirúrgias, truques e derivados, qualquer pessoa com um pouco mais de dinheiro, ou economias guardadas durante anos, pode se tornar uma pessoa bonita.
Com tantos livros, meios de pesquisa, professores particulares, cursinhos gratuitos, informação, qualquer pessoa com um pouco de foco e disciplina, pode se tornar uma pessoa inteligente.
Com tantos escritores bacanas, assuntos políticos atuais, bandas fodidas, religiões diversas, filosofias criadas, qualquer pessoa com um pouco mais de interesse e vontade, pode se tornar uma pessoa com um papo interessante.
Com tantos cursos de etiqueta, aulas de dança, voz, guitarra, bateria, gaita ou violão, clubes do vinho, programas de culinária, qaulquer pessoa com um pouco mais de tempo livre e paciência, pode se tornar uma pessoa encantadora.
Agora charme, meu amigo, charme é um lance que ou você tem ou você não tem. Não se aprende com o tempo, não se adquire com persistência e não se compra nas butiques caras da José Paulino. Forçar charme é ficar apenas um pouco mais sem graça que o habitual.
O jeito de segurar o copo de plástico na hora de beber a cerveja, o jeito de tragar a fumaça do cigarro, o jeito de gesticular na hora de uma conversa mais enérgica, o jeito de soltar um palavrão quando não há mais nada a ser dito, o jeito de viajar numa música que tá tocando, o jeito de olhar nos olhos de alguém, e principalmente, o jeito de fazer, talvez não a coisa mais certa a ser feita naquele momento, mas do jeito mais certo de fazer a coisa errada, nada disso pode ser feito de um jeito que não seja o natural.
Com verdade, charme rima com verdade em cada gesto bobo do cotidiano. E é aí, meu amigo, na hora de fazer as coisas mais simples com verdade, que a maioria das pessoas se tornam macacos treinados de circo.
Vinicius de Moraes que me desculpe, mas charme é fundamental.
Promessas de fim de ano
Esse ano eu quase andei em linha reta, foi por pouco. Em algumas esquinas me deparei com poças e lamas, aí não teve jeito, tive que pular. Obviamente que eu não pude contar com meu tornozelo podre nessas horas e caí. Caí e me levantei dignamente, como manda o clichê, e cá estou pra prometer que em 2010 cuidarei melhor dos meus membros inferiores, e de quebra, tratarei, decentemente, o meu problema reumato que insiste em travar a minha mão esquerda quando eu mais preciso dela.
Outras promessas que talvez eu não cumpra,
- Emburrarei menos
- Passarei menos mal
- Serei mais tolerante no meu trabalho
- Serei mais gentil com as dondoquinhas que querem falar de balada-roupa-cabelo no meio de assuntos sérios
- Serei mais simpática com os desconhecidos que querem se tornar conhecidos
- Tentarei ser menos chata com os erros de português alheios (Vejam bem, eu disse "tentarei")
- Diminuirei o cigarro, o álcool e o café
- Comerei melhor
- Serei pontual nos meus compromissos
- Me estressarei menos com assuntos pequenos
- Não participarei de barracos virtuais, exceto quando for extremamente necessário pra defender um grande amigo
- Xingarei menos o Rodrigo em público
- Darei mais atenção aos dramas da Paty
- Ajudarei a Talita a preparar os almoços
- Perturbarei menos o Paulo Roberto
- Ficarei mais gostosa, charmosa, interessante e ironica.
Fim.
Outras promessas que talvez eu não cumpra,
- Emburrarei menos
- Passarei menos mal
- Serei mais tolerante no meu trabalho
- Serei mais gentil com as dondoquinhas que querem falar de balada-roupa-cabelo no meio de assuntos sérios
- Serei mais simpática com os desconhecidos que querem se tornar conhecidos
- Tentarei ser menos chata com os erros de português alheios (Vejam bem, eu disse "tentarei")
- Diminuirei o cigarro, o álcool e o café
- Comerei melhor
- Serei pontual nos meus compromissos
- Me estressarei menos com assuntos pequenos
- Não participarei de barracos virtuais, exceto quando for extremamente necessário pra defender um grande amigo
- Xingarei menos o Rodrigo em público
- Darei mais atenção aos dramas da Paty
- Ajudarei a Talita a preparar os almoços
- Perturbarei menos o Paulo Roberto
- Ficarei mais gostosa, charmosa, interessante e ironica.
Fim.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Reflitam em silêncio, senhores telespectadores.
Tá limpo. Sem ironia. Sem engano. Amanhã, depois, acontece de novo, não fecho nada, não fechamos nada, continuamos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda quem sabe mais celestial que desta, mais infernal também, pode ser, deixa pintar. Se tiver aprendido lições (amor é pedagógico?), até aproveito e não faço tanta besteira. Mas acho que amor não é cursinho pré-vestibular. Ninguém encontra seu nome no listão dos aprovados. A gente só fica assim. Parado olhando a medida do Bonfim no pulso esquerdo, lado do coração e pensando, pois é, vejam só, não me valeu.
A memória tem sempre essa tendência otimista de filtrar as lembranças más para deixar só o verde, o vivo. Antigamente, sempre era melhor, ainda que não fosse. Talvez porque já esteja, lá, tudo solucionado e a gente possa se ver, no tempo, como quem vê uma personagem num livro ou filme: aconteça o que acontecer, há um fim definido, predeterminado. Essa espécie de improvisação do agora, do que está sendo moldado, causa muito mais angústia. Não temos, como no samba, a menor idéia de como será o amanhã.
Caio Fernando.
Tá limpo. Sem ironia. Sem engano. Amanhã, depois, acontece de novo, não fecho nada, não fechamos nada, continuamos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda quem sabe mais celestial que desta, mais infernal também, pode ser, deixa pintar. Se tiver aprendido lições (amor é pedagógico?), até aproveito e não faço tanta besteira. Mas acho que amor não é cursinho pré-vestibular. Ninguém encontra seu nome no listão dos aprovados. A gente só fica assim. Parado olhando a medida do Bonfim no pulso esquerdo, lado do coração e pensando, pois é, vejam só, não me valeu.
A memória tem sempre essa tendência otimista de filtrar as lembranças más para deixar só o verde, o vivo. Antigamente, sempre era melhor, ainda que não fosse. Talvez porque já esteja, lá, tudo solucionado e a gente possa se ver, no tempo, como quem vê uma personagem num livro ou filme: aconteça o que acontecer, há um fim definido, predeterminado. Essa espécie de improvisação do agora, do que está sendo moldado, causa muito mais angústia. Não temos, como no samba, a menor idéia de como será o amanhã.
Caio Fernando.
Dicas de combinações importantíssimas.
- Rum não combina com Vinho e Nhoque e Sorvete Napolitano e Doritos.
- Casa do Rodrigo combina com almoços divertidos e bebedeiras inconsequentes.
- Truco combina com Talita e Fernanda jogando em parceria.
- Paty e Paulo combinam com São Paulo.
E a principal,
Amor combina com companheirismo, principalmente quando vômito combina com beijinho.
:)
- Rum não combina com Vinho e Nhoque e Sorvete Napolitano e Doritos.
- Casa do Rodrigo combina com almoços divertidos e bebedeiras inconsequentes.
- Truco combina com Talita e Fernanda jogando em parceria.
- Paty e Paulo combinam com São Paulo.
E a principal,
Amor combina com companheirismo, principalmente quando vômito combina com beijinho.
:)
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
domingo, 6 de dezembro de 2009
... Não me sobra dinheiro, mas há muito tempo que não tenho nenhuma dívida e isso pra mim já é acalentador. Quando pinta alguma carona, vou até à Mercearia beber encostado no balcão, ficar mexendo nos livros e falando com o Marquinhos. Na terça-feira depois de assistir o show das atrizes que cantam, fui até à Mercearia. Pedi uma taça de vinho e fiquei lá bebendo sossegado. Aí apareceram essas garotas. Uma delas é de Quebec e disse que quer escrever um best seller e ficar rica. Achei engraçado. Acho que é mesmo possível escrever um best seller no Canadá e ficar rico. Tava lendo dia desses que nos EUA basta escrever um livro bem sucedido e pronto, é só viver das glórias dele. Por aqui é diferente, né? Depois elas me deram uma carona até o Parlapatões onde encontrei uma pá de outros amigos e a noite como sempre se estendeu. De manhã já muito bêbado, mandei um e-mail que não lembrava de ter escrito. Só no outro dia quando fui olhar na caixa de "enviadas" é que percebi que tinha escrito. Não me arrependo do que escrevi, porque é tudo verdade, mas é engraçado saber que só escrevi porque tava muito bêbado. Se tivesse sóbrio, não teria a manha de escrever o meu pensamento tão objetivamente. E depois ainda dizem que bebida faz mal. Fiquei orgulhoso do que escrevi. À noite fui à inauguração da Escola de Teatro. Encontrei uma rapaziada de Londrina trabalhando na produção da inauguração. A Patricia que eu não via há séculos tava trabalhando lá. Ela me viu lá fora encostado em um fusca conversando com alguns amigos e com o fone do meu MP3 em uma de minhas orelhas. Tava rolando aquela pá de discursos chatos e eu não tava com saco de ficar lá dentro ouvindo aquilo. Então ela disse: "Tira isso, Mário pra conversar com a gente". Respondi: "Não. Eu tô ouvindo o que você tá falando e tô ouvindo música também". Ela então riu e disse: "Você sempre foi assim, né? Rebeldezinho. Quando te conheci, você era um jovenzinho rebelde". Falei rindo: "Pois é, e hoje eu sou um velho rebelde. Algumas coisas não mudam, né?"
Ontem foi especial. Eu tava mezzo triste e mezzo alegre. Tava alegre porque tive uma tarde ótima e triste porque tive essa tarde ótima. Difícil explicar, né? Deixa pra lá. Não quero que todo mundo entenda. Como disse o meu amigo Basa no blog dele: "Escrevo pra reler certas coisas tempos depois e aprender algo sobre mim. Costumo contar problemas aqui no blog também pra não precisar encher o saco dos meus amigos contando isso pra eles. Prefiro sentar, tomar umas cervejas e dar risada do que ficar contando o quanto meu dia foi foda". Tocamos um rock and roll novo e foi divertido. Antes do show começar peguei uma garrafa de água e fiquei bebendo sentado na escada sozinho e vendo os caras da banda arrumando os equipamentos. Fiquei pensando: "Olha os caras aí. Eles gostam do que estão prestes a fazer. Eles se divertem e eu faço parte disso. Bom ter amigos assim. É um privilégio tocar com esses caras numa noite dessas depois da tarde que eu tive". Grande rock and roll. Me salva quase todos os dias desde o tempo que eu era um "jovenzinho rebelde" lá em Londrina. Bacana mesmo. Acho que queria conversar uma coisa ou outra com alguns amigos, mas eles pareciam estar todos ocupados com seus próprios problemas e resolvi deixar pra lá. Aí uma garota que eu conheço há muito tempo mas com quem nunca conversei direito veio falar comigo. Ela é dessas garotas espiritualizadas que percebem sinais nas outras pessoas. Ela me disse que sonhou comigo a noite toda e que quando acordou decidiu que precisava ouvir minha música e conversar comigo e que depois do show sentiu uma sensação ótima de reconhecimento, acho que foi algo assim que ela falou, não sei direito, mas ela disse uma pá de coisa bacana que me deixou um pouco constrangido. Tem pessoas que fazem a gente se sentir importante, né? Quando voltei pra casa sozinho ontem de manhã, foi pensando em tudo isso. Que a vida nos proporciona momentos realmente enternecedores. E por mais que estejamos tristes ou desconsolados, ainda assim é muito foda. Parei pra tomar um café com leite no bar do Fabinho. Pedi um pão na chapa e ele disse que ainda não tinha. Pensei: "Acho que saí do bar cedo demais" Comi um bolo de aipim com café e vim dormir com uma sensação de paz indescrítivel. Então daqui há algum tempo quando eu ler esse post que escrevi agora, vou lembrar que tive esse momento de paz nessa madrugada, que há anjos perdidos por aí e eu estou longe de ser um deles, mas saber indentificar já não é pra qualquer um. Estou acertando minhas contas com o tempo. Uma hora ele vem e te cobra.
*
A vida não me reservou nada de esplêndido, mas eu fui lá e arranquei dela. Esse é um mundo frio onde "raramente acontece um olhar com carinho", mas em alguns textos, elas insistem em arder de um jeito quase inexplicável, então é possível acreditar que um sujeito que estava disposto a atirar na cabeça do outro, minutos depois vá até o quarto buscar um cobertor para que o seu desafeto não passe frio deitado no sofá. Há muito já entendo generosamente que não há como passar por cima de nossos sentimentos mais simples. E isso faz toda a diferença.
*
Meia garrafa de whisky, dois filmes do Cassavetes, dois shows do Van Morrison. Existe um tipo de felicidade subterrânea que você não vai conseguir entender no seu dialeto. Você sequer faz idéia de quantas sílabas ela tem.
( Mário Bortolotto)
É esse cara que está hospitalizado, entre a vida e a morte, e que, infelizmente, diferente de Carla Perez, Netinho de Paula, Zezé de Camargo e derivados, nunca recebeu o prestígio da massa brasileira.
Ai, meu Brasil tão brasileiro...
Ontem foi especial. Eu tava mezzo triste e mezzo alegre. Tava alegre porque tive uma tarde ótima e triste porque tive essa tarde ótima. Difícil explicar, né? Deixa pra lá. Não quero que todo mundo entenda. Como disse o meu amigo Basa no blog dele: "Escrevo pra reler certas coisas tempos depois e aprender algo sobre mim. Costumo contar problemas aqui no blog também pra não precisar encher o saco dos meus amigos contando isso pra eles. Prefiro sentar, tomar umas cervejas e dar risada do que ficar contando o quanto meu dia foi foda". Tocamos um rock and roll novo e foi divertido. Antes do show começar peguei uma garrafa de água e fiquei bebendo sentado na escada sozinho e vendo os caras da banda arrumando os equipamentos. Fiquei pensando: "Olha os caras aí. Eles gostam do que estão prestes a fazer. Eles se divertem e eu faço parte disso. Bom ter amigos assim. É um privilégio tocar com esses caras numa noite dessas depois da tarde que eu tive". Grande rock and roll. Me salva quase todos os dias desde o tempo que eu era um "jovenzinho rebelde" lá em Londrina. Bacana mesmo. Acho que queria conversar uma coisa ou outra com alguns amigos, mas eles pareciam estar todos ocupados com seus próprios problemas e resolvi deixar pra lá. Aí uma garota que eu conheço há muito tempo mas com quem nunca conversei direito veio falar comigo. Ela é dessas garotas espiritualizadas que percebem sinais nas outras pessoas. Ela me disse que sonhou comigo a noite toda e que quando acordou decidiu que precisava ouvir minha música e conversar comigo e que depois do show sentiu uma sensação ótima de reconhecimento, acho que foi algo assim que ela falou, não sei direito, mas ela disse uma pá de coisa bacana que me deixou um pouco constrangido. Tem pessoas que fazem a gente se sentir importante, né? Quando voltei pra casa sozinho ontem de manhã, foi pensando em tudo isso. Que a vida nos proporciona momentos realmente enternecedores. E por mais que estejamos tristes ou desconsolados, ainda assim é muito foda. Parei pra tomar um café com leite no bar do Fabinho. Pedi um pão na chapa e ele disse que ainda não tinha. Pensei: "Acho que saí do bar cedo demais" Comi um bolo de aipim com café e vim dormir com uma sensação de paz indescrítivel. Então daqui há algum tempo quando eu ler esse post que escrevi agora, vou lembrar que tive esse momento de paz nessa madrugada, que há anjos perdidos por aí e eu estou longe de ser um deles, mas saber indentificar já não é pra qualquer um. Estou acertando minhas contas com o tempo. Uma hora ele vem e te cobra.
*
A vida não me reservou nada de esplêndido, mas eu fui lá e arranquei dela. Esse é um mundo frio onde "raramente acontece um olhar com carinho", mas em alguns textos, elas insistem em arder de um jeito quase inexplicável, então é possível acreditar que um sujeito que estava disposto a atirar na cabeça do outro, minutos depois vá até o quarto buscar um cobertor para que o seu desafeto não passe frio deitado no sofá. Há muito já entendo generosamente que não há como passar por cima de nossos sentimentos mais simples. E isso faz toda a diferença.
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Meia garrafa de whisky, dois filmes do Cassavetes, dois shows do Van Morrison. Existe um tipo de felicidade subterrânea que você não vai conseguir entender no seu dialeto. Você sequer faz idéia de quantas sílabas ela tem.
( Mário Bortolotto)
É esse cara que está hospitalizado, entre a vida e a morte, e que, infelizmente, diferente de Carla Perez, Netinho de Paula, Zezé de Camargo e derivados, nunca recebeu o prestígio da massa brasileira.
Ai, meu Brasil tão brasileiro...
Mário Bortolotto
Mário Bortolotto foi baleado ontem. Logo depois da apresentação de uma de suas peças. Num mundo de gente que se vende pela fama, ele era, talvez o único da sua geração, que ainda tinha dignidade, princípio e coragem.
Reagiu a um assalto, não por proteção a seus bens, dinheiro, e "rolex", reagiu a um assalto pra defender uma amiga que estava apanhando do assaltante. Ele poderia ter ficado na dele, poderia ter visto a cena da agressão e continuar deitado no chão, ele poderia ter fingido que aquilo era normal, e que ver uma amiga apanhar de assaltantes é tolerável pra se proteger. Mas ele é o Bortolotto, e isso é o suficiente pra entender os motivos dele ter reagido. E pra quem não entende o peso disso, recomendo ler alguns textos dele.
Em tempo:
Não faço apologia a atitudes como a dele, reagir a assaltos , mas apesar da indignação e tristeza que sinto pelo seu estado de saúde, confesso que tenho uma pontada de orgulho por saber que em qualquer situação ele continua sendo o cara fodão que ele sempre foi.
Reagiu a um assalto, não por proteção a seus bens, dinheiro, e "rolex", reagiu a um assalto pra defender uma amiga que estava apanhando do assaltante. Ele poderia ter ficado na dele, poderia ter visto a cena da agressão e continuar deitado no chão, ele poderia ter fingido que aquilo era normal, e que ver uma amiga apanhar de assaltantes é tolerável pra se proteger. Mas ele é o Bortolotto, e isso é o suficiente pra entender os motivos dele ter reagido. E pra quem não entende o peso disso, recomendo ler alguns textos dele.
Em tempo:
Não faço apologia a atitudes como a dele, reagir a assaltos , mas apesar da indignação e tristeza que sinto pelo seu estado de saúde, confesso que tenho uma pontada de orgulho por saber que em qualquer situação ele continua sendo o cara fodão que ele sempre foi.
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